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Foto do escritorDra. Leila Gonzaga

16 milhões de diabéticos no Brasil: como não entrar para a estatística?

Nova pesquisa mostra que número de diabéticos cresceu quase 20% e passa de 537 milhões no mundo.

O diabetes está “saindo de controle”. Quem dá o alerta são os pesquisadores da Federação Internacional de Diabetes, a partir dos dados preliminares do Atlas Diabetes 2021. Segundo o estudo, houve um aumento de quase 16% nos casos da doença em adultos entre 20 e 79 anos, em todo o mundo. Na última sondagem, realizada há dois anos, havia 463 milhões de pessoas convivendo com a doença, número que saltou para 537 milhões.

As conclusões da pesquisa são alarmantes: um em cada 10 adultos desenvolveu diabetes. Apenas em 2021, a enfermidade foi responsável pelo óbito de 6,7 milhões de indivíduos no mundo. Isso significa uma morte a cada 5 segundos.

O avanço da doença se dá de forma muito mais acelerada do que haviam previsto os cientistas. A expectativa era que em 2030 o total de diabéticos fosse de 578 milhões, considerando um aumento de 115 milhões de casos em 11 anos. Porém, assistimos a 74 milhões de novos casos. Ou seja, em apenas dois anos houve um crescimento de mais de 60% para o esperado em uma década.

As projeções futuras tampouco são animadoras. Estima-se que se chegue a 643 milhões de casos de diabetes até 2030 e 784 milhões até 2045. Trata-se de uma verdadeira epidemia de uma doença que está intrinsicamente ligada ao estilo de vida, ou seja, que pode ser evitável na maioria dos casos.

Alguns dos principais fatores de risco para a diabetes são: sobrepeso ou obesidade, colesterol alto ou triglicéridios altos no sangue, pressão alta, histórico genético de diabetes, e faixa etária. Portanto, hábitos saudáveis são essenciais para manter-se distante da diabetes.

Ter uma alimentação saudável – especialmente longe dos carboidratos, doces e gorduras –, praticar atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas e o cigarro, ter noites de sono reparadoras e controlar o peso corporal são fundamentais neste estilo de vida.

Ainda de acordo com a Federação Internacional de Diabetes, quase 50% dos diabéticos ignoram ter a doença. A informação é grave porque a falta de controle e acompanhamento médico podem piorar o quadro clínico do paciente, como problemas cardíacos, renais, amputação de membros, cegueira e até a morte. Além disso, a pandemia de Covid-19 mostrou o quanto as comorbidades comprometem e agravam o quadro dos pacientes, aumentando as chances de internação e até de mortes.

Portanto, a visita aos médicos, a realização de check-ups e de exames periódicos são parte crucial no enfrentamento ao diabetes. Indivíduos que apresentem fatores de risco, devem fazer exames de glicemia no sangue a partir dos 35 anos. Os demais, devem fazê-lo a partir dos 45 anos.

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